Meio Medo
Sinto a noite em temores calados,
Outros brados escuto em tormento,
Nisto tento e de luto os caçados,
Os chamados tambores de ungüento,
São contentos da idade, um bruto,
Talha o fruto ignora estas dores,
Feito flores da hora, em conduto,
Atributo, a verdade, os horrores.
Tantas cores correntes na aurora,
Justo agora, entristece a cidade.
A vaidade, é quem tece e implora,
Mas quem chora vertente se brade:
Unidade há nos seus e nas preces,
Não carece ser deus neste açoite.