Meio Medo

Sinto a noite em temores calados,

Outros brados escuto em tormento,

Nisto tento e de luto os caçados,

Os chamados tambores de ungüento,

São contentos da idade, um bruto,

Talha o fruto ignora estas dores,

Feito flores da hora, em conduto,

Atributo, a verdade, os horrores.

Tantas cores correntes na aurora,

Justo agora, entristece a cidade.

A vaidade, é quem tece e implora,

Mas quem chora vertente se brade:

Unidade há nos seus e nas preces,

Não carece ser deus neste açoite.

Amargo
Enviado por Amargo em 18/11/2008
Código do texto: T1290546
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