Fabela da borboleta e a centopéia
Voava a borboleta imponente
por entre flores rubras, amarelas...
A centopéia, a suspirar por ela,
cumpria seu trajeto, diligente.
—Oi, "Pepéia"! Acena com desdém.
—Quanta beleza tu vês por aí?
—Vejo uma sombra logo atrás de ti,
não sei ao certo donde ela vem!
Como num raio -fração de segundo-
um passarinho, desabou-lhe o mundo
e, feito pluma, ela foi ao chão.
A centopéia sai do seu caminho,
crava a forcípula no passarinho
e mata a sombra da sua paixão.