Opaco

A cor do opaco verte luas mortas

e as avenidas teimam sob as vidas.

No lençol das marés de cada chuva

rompem os universos da miséria...

A foz do rio sangra tantas lágrimas:

cemitério de dor por onde passo.

Na curva de meus sonhos um regresso,

e o abismo do poema sem a mágica.

À luz do luar somos uma noite.

Esquecemos os cantos lá nas plagas,

no campo dos que são os passarinhos.

A tez de minha alma está manchada,

o rosto ri sem rimas p’ro futuro:

caminhos sem sinais de eternidade!

Gigio Jr (Versos Brancos – 2008)

GigioJr
Enviado por GigioJr em 26/11/2008
Reeditado em 08/12/2008
Código do texto: T1304276
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