Fleur Enchanté

Tudo volta sem se ver

e o circo continua

e a solidão tão nua

parece-me prescrever;

prescreve dose de rua

para começar a ser

inútil corpo enchanté

que corrompe e insinua;

Maligno tumor de dor

e a solidão que me vou

nas ruas da praça sem fim;

e o que tenho em mim

é eco de quem eu era:

flor morta de dor e primavera

Valdemar Neto
Enviado por Valdemar Neto em 28/11/2008
Código do texto: T1308491
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