COLMÉIA E CATETER (duelo poético com João Osmar)

Ó meu bom e grande Amigo,

Não sou mestre, tu és poeta,

Tenho aprendido contigo.

És modesto, alma de esteta!

A colméia — um doce abrigo —,

De mel parece repleta,

Mas é de grande perigo

Fintar a abelha inquieta!

Se estiver faltando mel

É que, por ordem do Céu,

Foi pros lábios da mulher.

Diz agora, num repente

— Curiosidade somente —,

Pra que serve o cateter?

Lucan
Enviado por Lucan em 01/04/2006
Reeditado em 18/04/2006
Código do texto: T131832