COLMÉIA E CATETER (duelo poético com João Osmar)
Ó meu bom e grande Amigo,
Não sou mestre, tu és poeta,
Tenho aprendido contigo.
És modesto, alma de esteta!
A colméia — um doce abrigo —,
De mel parece repleta,
Mas é de grande perigo
Fintar a abelha inquieta!
Se estiver faltando mel
É que, por ordem do Céu,
Foi pros lábios da mulher.
Diz agora, num repente
— Curiosidade somente —,
Pra que serve o cateter?