A Marca do Tempo

A Marca do Tempo

Tu foste a lembrança do meu coração

Que a marca do tempo não pode apagar

E se algum impulso, intento em vão

A chama da paixão volta a brotar

Os eflúvios que exalam da lembrança

Vastas ondas sob o jugo de Cupido.

Para sempre perdida e sem esperança

Mil vezes me julgo velho arrependido

Trocastes pelos bens, fiel ternura

Qual punhal que sopeia* tua dor

Tua imagem luminosa, hoje escura

Teu sorriso de esplendor é amargura

A inteligência demonstrou não ter valor

Porque os bens, não se levam à sepultura.

São Paulo, 09/12/2008

Armando A. C. Garcia

Site:www.usinadeletras.com.br

E-mail: armandoacgarcia@superig.com.br

* calcar, reprimir, conter, estorvar o movimento de.