SONETO ÍNTIMO
Embora num olhar perpétuo,
A rosa em momentos se disfarça
Na flor das horas tétricas
Que pela emoção vem e passa.
Molhada a minha pupila inefável
Exprime o valor ineficaz
Da minha fonte aquática
Tão pequena e inestimável.
Embora num olhar desprezado
A rosa em momentos se desfaz
Das alegrias, do último,
Do primeiro, presente, passado...
O segredo, a mim, traz
A valorização do meu íntimo.