Te poria uma sela

Sente o amargor da vida que levas

A tudo e todos classificas de piegas

Suposto andarilho a fugir da procela

És tão estúpido que te poria uma sela

Decide encarar a vida que negas

Refugiando-se sob o manto da miséria

Para escarrar o teu ódio, tuas mazelas

Acusando todo vivente de tua falésia

Enxuga teu pranto que de nada te vale

Pois que ninguém fará de ti um mártir

Por morrer negando a vida e a arte

Aceitas que és carne e não uma pedra

Lava essa alma que te queima e arde

Que os vermes te esperam debaixo da terra