UM NOME APENAS

O branco da minha página

Acostumou-se a acolher

O ébano do teu nome

Sempre presente e a miúde.

Tal qual um resquício de luar

Iluminando com ternura uma vereda,

É ele na minha vida.

Mas é apenas um nome.

Que desaparece quando uma nuvem gorda

Passa pelo brilho de prata do luar

Estremecendo um coração carente.

Como uma nau sem rumo,

Vaga teu nome na minha amplidão.

Pelos meus desertos de mares molhados e vazios

À procura de um porto em ti.

A noite está pálida, fria e imensa.

Beberico conhaque para um pouco de aconchego,

Mas quem me aquece é a tua lembrança

Teu nome, um nome apenas

Menos que um sonho, ou fantasia,

Mas que quer tornar-se nostalgia

Em minhas noites solitárias

Transformando-te em um apego para mim...

Salvador, 19/12/2008

Barret.