SEIS BILHÕES DE UNIVERSOS
Ao amigo Jorge Luiz

 
Entregar o coração a quem não nos ama
Por livre escolha ou devido às circunstâncias
É mortificar a alma nas reentrâncias
E lançá-la num inferno revolto em chama!
 
Olhe ao redor e perceba o ser que clama
O teu afeto e mesmo tuas discrepâncias!
E não se assusta perante as alternâncias
Sabendo-te preciosa qual eterna flama!
 
Jornada sacramental... pura... profana
Descobrir em cada pessoa o universo
Respeitar com parcimônia o controverso
 
Sem conduzir-se na falácia que engana!
E desprezando a opinião leviana
Na força de percorrer o rumo inverso!