Soneto do imenso amor

Amo-te amor e por amar-te tanto,
Vivo sonhando em não perder-te um dia.
Na vaga escura desta terra fria,
Antes eu vá pra não provar o pranto.

Amo-te amor e não sei mais o quanto!
O quanto abrasa o peito em demasia.
És tu que inspira estrela luzidia,
Versos de amor que a ti recito e canto.

E por amar-te assim, com todo encanto,
Que o mundo sem ti agrura me seria,
Pirilampo cego, andarilho errante.

Amo-te assim, de um jeito extravagante!
Se for pra vagar, sem tua alegria,
Antes eu vá fertilizar o manto.