REGRESSO A SANTO AMARO

Nesta terra bendita eu fui gerado,

Neste amado torrão cresci fagueiro

Olhando o Subaé serpenteado

E as chamas crepitantes dos palheiros;

Neste chão fértil, preto, açucareiro,

Da cor do braço forte escravizado,

Que tem legado ilustres brasileiros,

Também muitos heróis assinalados.

Como a ave que arriba e as asas solta,

E o precioso alimento vai buscar

Noutro lugar, eu fui buscar o pão;

E como o filho pródigo que volta,

Volto ansioso a correr pra lhe abraçar

E – humildemente – vou beijar-lhe o chão.

Raymundo de Salles Brasil
Enviado por Raymundo de Salles Brasil em 09/04/2006
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