O triste incolor ...

Vermelho no espelho da luxúria

Branco no chão da desgraça

Vida sem o conducente amarelo, vida de penúria

Morosidade do lilás introspectivo na farsa

Vasos desesperados com as violetas

Palácio mundano no ventre verde dessa fauna

Sangue azul, os nobres não têm plaquetas

Chuva ácida da ferrugem destrói o rancor preso numa sauna

Abóbada celeste sem seu anil

Caminhos traumatizantes do parco roxo

Mudaram as cores da aquarela do Brazil

Não se julga o homem com preconceito, ou seja lá o que for

Bramidos dos inconseqüentes reflete o perigo no bojo

Uma busca de longevidade para o triste incolor

Anderson Cirino
Enviado por Anderson Cirino em 10/04/2006
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