Roubaste-me a Poesia
Não posso escrever mais um soneto,
Agora não mais penso na tristeza,
Pois em mim descobristes a beleza,
E de mim retirastes todo o medo.
Não posso sofrer tanto e chorar mágoas,
Meu rosto - o que se vê - só alegria,
Por certo, me roubaste a covardia,
Tiraste do olhar as minhas lágrimas.
Do bem que nós fizemos um ao outro,
Resta em mim um par de questionamentos,
Primeiro mais difícil que o segundo,
Mas o segundo mais malicioso:
Possível não amar seus pensamentos?
Possível é viver neste seu mundo?