Roubaste-me a Poesia

Não posso escrever mais um soneto,

Agora não mais penso na tristeza,

Pois em mim descobristes a beleza,

E de mim retirastes todo o medo.

Não posso sofrer tanto e chorar mágoas,

Meu rosto - o que se vê - só alegria,

Por certo, me roubaste a covardia,

Tiraste do olhar as minhas lágrimas.

Do bem que nós fizemos um ao outro,

Resta em mim um par de questionamentos,

Primeiro mais difícil que o segundo,

Mas o segundo mais malicioso:

Possível não amar seus pensamentos?

Possível é viver neste seu mundo?

Lupo
Enviado por Lupo em 11/04/2006
Código do texto: T137144