Só! Sem bonança dança, luz, ó luz!

Na solidão perpétua do viver...

Só! Com medo segredo, cruz, ó cruz!

No luto eterno deste alvorecer...

Só! Sem amor calor, alguém, ó alguém!

Na necrópole lúgubre e perdida...

Só! Com sombra que assombra, alguém, ó alguém!

Na floresta sangüenta desta vida...

Só! Chorando exalando negro sangue,

Sangue horrendo, infeliz, morto e ruim,

Morto e ruim querendo amor e dó,

Dó e caritas, amor, tudo tão só.

Só! Sem cor, sem ninguém, sem luz, sem fim!

Afundando-se neste rubro mangue...