Indignação

O corpo faminto, exangue e silente

Com olhos baços desligados pela dor

É o retrato em nada inocente

De uma história marcada pelo horror.

Pobre criança de vida indigente

Reflete o descaso e o desamor

Da humanidade dita inteligente

Que extermina sem culpa, seja quem for.

Hora de agir contra a crueldade feroz

A indiferença que abomino, também

A simples omissão, que pode ser atroz.

Almejo transformar indignação em voz

Não quero calar, nem tampouco dizer amém

Vou recusar qualquer passividade algoz.

Norma Suely Facchinetti
Enviado por Norma Suely Facchinetti em 12/01/2009
Código do texto: T1380675
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