(Completamento dos dois versos de Machado de Assis (para formar um soneto).

Capitu


Oh! Flor do céu! Oh! Flor cândida e pura!
Magnânima flor, diáfano perfume!
Ternos gestos, despidos de azedume.
Se amar-te é a minha maior ventura,

Eu, mergulhado em tamanha candura,
Tanjo a alma roída pelo ciúme
E vivo ocultando qualquer queixume,
Por acreditar na tua vida pura.


Se em tempos fui o mais venturoso…
Amores não há, onde não haja falha,
O que não fez de mim menos fogoso,

Mas a vida, às vezes, tudo baralha…
Fica a semente, de um amor duvidoso,
Perde-se a vida, ganha-se a batalha.


 
Lucibei
Enviado por Lucibei em 13/01/2009
Reeditado em 20/02/2018
Código do texto: T1383261
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