DEVANEIO

Nessa triste morada – Ninho de terremotos!
Aquele mesmo abrigo onde tu habitaste
Abri o guarda-roupa e por trás de uma haste
Encontrei velhas cartas, bilhetes e fotos.

A angústia se apossou da minha frágil alma
E o tédio aproximou-se do meu estro frio
Causando-me tristeza, dor e calafrio
Roubando-me os sentidos, a vida e a calma.

Um filme se passou rapidamente em mim;
Senti o teu perfume, beijei teu carmim
E olhei pra nossa cama cheio de saudade

Sentei-me na cadeira da desesperança,
Chorei a tua falta feito uma criança
E vou senti-la em mim pela eternidade.