Algoz
Espezinhar minha vida
torná-la insuportável
cutucar com a unha a ferida
de minha alma inflamável
Fazer de mim, pedaço de gente
ser mesquinho de verdade
náufrago de pequena enchente
mendigo sem vaidade
Você, um vírus... devast-ação
quem me dera, outro parasita
que consumisse primeiro o coração
Não me entrego a tratamento
prefiro sucumbir ao destino sórdido
já não resta neste espírito um só lamento
Obs: Soneto incluso na Antologia "Os Donos da Vida" da CBJE - Câmara Brasileira de Jovens Escritores - http://www.camarabrasileira.com/donosdavida1.htm
- Publicado em Julho de 2006