Algoz

Espezinhar minha vida

torná-la insuportável

cutucar com a unha a ferida

de minha alma inflamável

Fazer de mim, pedaço de gente

ser mesquinho de verdade

náufrago de pequena enchente

mendigo sem vaidade

Você, um vírus... devast-ação

quem me dera, outro parasita

que consumisse primeiro o coração

Não me entrego a tratamento

prefiro sucumbir ao destino sórdido

já não resta neste espírito um só lamento

Obs: Soneto incluso na Antologia "Os Donos da Vida" da CBJE - Câmara Brasileira de Jovens Escritores - http://www.camarabrasileira.com/donosdavida1.htm

- Publicado em Julho de 2006

Heli de Abreu
Enviado por Heli de Abreu em 16/04/2006
Reeditado em 09/08/2006
Código do texto: T140058