As poesias se foram

As poesias se foram no vento

Eu até lamento a sina que vingou

Em mim restou apenas esse vazio

Onde eu não crio, e assim, onde eu não sou.

Apunhalado pelo desalento

Por um momento o pranto me lembrou

Dos versos puros e cheios de brio

Que, mesmo frio, meu peito declamou.

Tantas palavras belas proferidas

Poucas realmente sentidas.

Arte poética que vem, que há!

Meu universo de pura ilusão.

As poesias não mais voltarão,

A inspiração, porém, não morrerá.