VERDADE POUND

I

O soneto: a melodia do mal poeta!

redigindo cartas a pequena a primeira,

nem é poema, fazia a soneteira,

verdade Pound, por séculos o planeta

divide na péssima canção as silabas,

automatismos no correr da métrica.

A palavra de ausente música não verba

nem a formula que decora a matemática.

A musica imbuída da moral reforma,

pois musica se ensina poesia não,

como o nariz é ensinado pelo mau esgoto.

Luta a educação dos sentidos o melhor olfato,

herança para a melhoria da canção,

porque do ruim o melhor não se conforma.

II

O bom e o ruim gosto: dois parâmetros.

O poeta sonetista, por que não?

Se consegue ir adiante pode não

nada repete pra caber no metro.

As idéias de quatro estrofes leves

seguidas de duas de três rimas fortes, as mesmas

rotuladas por aqueles que sofrem os maiores problemas

a técnica de cima contadas as silabas que o poema teve

mudo o caminho e chego no mesmo ponto

penso que ando em círculos pra meta

melhor ir pra nada que parado vazio

dentro de toda canção que fantasio

pois sem a musica tão perdido poeta

quem perde as palavras também perde o canto.

SB Sousa
Enviado por SB Sousa em 31/01/2009
Reeditado em 01/02/2009
Código do texto: T1414151
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