Versos Noturnos
Quando a noite desceu, n'hora do sono,
Minha mãe disse: "Filho, eu te amo",
E assim eu respondi, só, no abandono
Do escuro: "Crede mãe, também te amo".
E no diálogo, entrou o sono,
E ao dormir, minha mãe calou-se como
Ao entrar no seu sono de abandono,
Podia ainda ouvir-me: "Eu te amo."
E neste amor fraterno, sob as trevas
Da noite, no frio oriundo e vasto
Andando nestas singulares levas,
Su'alma me cobrindo com teus laços,
Quand'ela sai do leito seu nefasto
Eu posso sutilmente ouvir teus passos.