FALHA DO TEMPO
Por um segundo meu coração parou a batida.
Triste, quedei-me, da Parca à espera...
Lamentei o escasso momento desta despedida,
pranteei os sonhos mortos aos pés da quimera.
Sinfonia inacabada tal qual chuva sem arco-íris
Suspiros entrecortados por soluços e ais...
Segui enfrentando a morte como uma filha de Isis,
no veleiro de minha alma em busca de um cais.
Sentindo o peito oprimido pela dor companheira
sôfrega aspirei o ar negando-me á rendição.
“Escolho morrer lutando” - brada minha alma guerreira!
Elevam aos céus meu grito, os ventos em ovação.
O réquiem, chora-o a chuva. Minha vida passageira
foi uma falha no tempo, estrela na imensidão!