Meia Pala

No tratado da rima sem graça,

Tudo passa, porém nada prima,

No que acima de tudo, convém,

Pois detém o desejo e veludo,

E, contudo já sei o que vejo:

É que almejo dizer que tentei

Pela lei de uma sina escrever

A quem ler uma linha latrina.

Tão menina sois mais avezinha

Bem aninha meu verso e jamais

Se desfaz no pedante reverso,

Do que verso tenaz, doravante

Qual amante, calado que traz:

És a paz! Meu amor retratado!

Para Eliane, como sempre!

Amargo
Enviado por Amargo em 11/02/2009
Código do texto: T1434422
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