CONTRATEMPOS
Sobre meus olhos deitam meu pensar
Silencia tudo, a noite dorme no escuro
As estrelas sucumbiram em seu altar
Os mirrais se detiveram em seus muros
Não encontro o norte no firmamento
Nas curvas do vento, a bússola se perde
Acelerados seguem os contratempos
Enquanto eu, em meu canto, fico inerte
Os céus fecham suas cortinas e dorme
A alma busca refúgio num cais sem porto
O corpo exora da lua, um pouco de conforto
Madrugam os sonhos envoltos num vácuo
Lugar de onde você se foi sem fechar
E que a memória não se esquece de lembrar
Ivone Alves SOL