Réu do amor

O amor é como um mel,

Do qual podemos nos lambuzar,

Ou ser amargo como um fel,

Se correspondido não se está.

Ele é como um carretel,

Que com ele podemos desenrolar,

A linha para se fazer um véu,

Para uma noiva o arrastar.

Se do amor fostes um réu,

Iria sempre se deixar,

Se envolver em um escarcéu.

Para ao amor se atracar,

Seria como estar no céu,

E dormiria para sonhar.

Brasília, 10/07/97

Izabel Bento
Enviado por Izabel Bento em 24/02/2009
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