POESIA ANEMICA

Estes versos de hoje não jorram sangue!

Se continuar a escrever morro cedo.

Diz o médico alimentando meu medo:

"Tu serás comida de siri de mangue!"

Em absoluto desisto dos poemas!

Mesmo que nosso oficio nos mate;

voarei alta assim ninguém abate

o sonho de viver até o último fonema!

Deixou-me tão entregue a falta de ferro!

Preciso de uma transfusão urgente;

um comprimido que sublime outro erro!

Até o siri ver neste corpo um pecado

a poesia viverá assim carente

e meu sonho nunca estará tão errado!

SB Sousa
Enviado por SB Sousa em 27/02/2009
Código do texto: T1460801
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