Suspiro de saudade

Ó distinta mulher que eu admiro!

És tu, senhora, que, de fato, eu amo.

E as lágrimas que vês neste suspiro

São as dores saudosas que derramo.

Penso em ti nos momentos que respiro

E agora tua ausência eu reclamo.

Dos amores, o teu é que prefiro.

E dos nomes, o teu é que declamo.

Sem teus olhos a vida não tem brilho

E este poeta, o teu último filho,

Vai-se apagando sem tua altivez.

Estou distante, ó doce mulher!

Mas no primeiro ensejo que eu tiver

Nós estaremos juntos outra vez.