PENAS

Estas tardes já não belas, mas turvas,

reclamam, por no espaço não te achar

em teus voos rasantes, flutuando em curvas

sob o céu azul, em doce cantar.

Verdes árvores de copas frondosas,

de lembranças, os ninhos ind’ostentam...

Tua ausência corta-me, fere as rosas

De tuas dores estas matas comentam.

Pássaro, diz onde estás a voar...

Se foste embora para outras terras,

manda notícias, que é pr’eu sossegar.

Teu trilo afinado, desejo sim...

Meus olhos te procuram nestas serras...

Cantador, vem pousar em meu jardim!

Antonio Leal
Enviado por Antonio Leal em 02/03/2009
Reeditado em 22/04/2009
Código do texto: T1464646
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