INGENUIDADE

Brincava o filho, tão feliz e distraído,

Enquanto o pai as suas “contas” acertava.

Era mocinho, era xerife, era bandido,

E tudo mais o que o garoto imaginava.

O menino observou, por um momento

E o seu pai lhe pareceu tão importante...

Olhou de novo, observou já mais atento,

Sentiu orgulho do seu pai, quase um gigante.

E, de repente, com um jeito sonhador,

Falou ao pai, interrompendo a brincadeira:

“Quando crescer, eu quero ser como o senhor”...

O pai sorriu, por toda aquela ingenuidade.

“Pois saiba, filho, da verdade verdadeira:

Se eu pudesse, voltaria à sua idade”.