Soneto à Noite
Ó Zéfiro que trazes o espírito
Nas cinzeladas no crânio a sombra
Alma escapa da noite na penumbra
Amargura eficaz na tradição e rito.
Lento passar do tempo que assombra
Insinua Thanatos para um maldito
O coração gelado no horror aflito
Misterioso amaldiçoado se ensombra.
O sonho perene de um triste poeta
No instinto voraz da espessa treva
A procura de um viés nobre de esteta.
Desconhecido escritor dos mortos
Na febre terçã dos poetas absortos
Ó Nyx, deusa da noite, vem me leva.
DR SMITHY