Soneto à Noite

Ó Zéfiro que trazes o espírito

Nas cinzeladas no crânio a sombra

Alma escapa da noite na penumbra

Amargura eficaz na tradição e rito.

Lento passar do tempo que assombra

Insinua Thanatos para um maldito

O coração gelado no horror aflito

Misterioso amaldiçoado se ensombra.

O sonho perene de um triste poeta

No instinto voraz da espessa treva

A procura de um viés nobre de esteta.

Desconhecido escritor dos mortos

Na febre terçã dos poetas absortos

Ó Nyx, deusa da noite, vem me leva.

DR SMITHY

Dr Smithy
Enviado por Dr Smithy em 04/03/2009
Reeditado em 04/03/2009
Código do texto: T1469561
Copyright © 2009. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.