O matuto, o rei e o sapo.../ com áudio

Sou matuto lá das bandas de Alfenas

com meus pais eu aprendi a não brigar;

se surrado, eu chorasse as minhas penas,

apanhava um pouco mais, para pensar...

Sou matuto, diplomado em me trancar,

não contando as minhas dores pra ninguém;

mesmo quando sinto a língua comichar

eu me calo e só falo o que convém...

Não me dobro às tristezas dos sofreres

me entregando, por inteiro, ao bom-humor

que se fez -na orfandade- meu tutor...

Não resisto às delícias e aos prazeres

de uma mesa, de uma cama ou bate-papo

que transformam nalgum Rei, um pobre sapo...

Aimberê Engel Macedo
Enviado por Aimberê Engel Macedo em 09/03/2009
Reeditado em 09/03/2009
Código do texto: T1477904
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