*ALMA POETA*

Qual a noite nas falas do universo,

Degrada-se no dia e se alheia,

Do infortúnio mesquinho em reverso,

E aprisiona a poeta em sua teia?

Nas fronteiras, as básculas do mundo,

Curioso, a embalar-se em finas cordas,

Há dança de um fetiche vagabundo,

Caído da palavra e suas bordas.

Ó vida que me assombra em seus beirais.

Inscrito livro, alma de uma história,

Contada por poetas que, jamais!...

Enfermos, ilegíveis e em desgraças

Ou mais nobreza que os incite à glória,

Deixar-te-ão nas noites onde passas!

Canoas, março/RS_Brasil

Eliane Triska
Enviado por Eliane Triska em 14/03/2009
Reeditado em 14/03/2012
Código do texto: T1486916
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