Soneto número 7
A Despedida da Imigrante
 
Está nas escrituras: a lei mosaica,
Vinda pela mão divina no Sinai,
Na quarta linha, longe de leiga ou laica,
A honra que dá o filho à mãe e ao pai.
 
Na pobre casa que à vida fundeava,
De fé e prece, e da tomada bênção à mão,
Do rogo silencioso que sentia e amava,
A providência garantia a refeição.
 
E no sal da lágrima de fé e esperança,
Fiz-me mais forte que a força nossa unida,
E nem sei como, deixei a vida da criança,
 
E não tive sonho algum a dar guarida,
Brotou coragem, minha única aliança,
Não encontrada para ao pai dar despedida...


Este soneto é o sétimo da série que visa mostrar a imigração lusa e madeirense para o Brasil. Este trabalho é conjunto com Jorge Rodrigues (telas) e com Deborah Scholnic  ( multimedia ).

José Carlos De Gonzalez
Enviado por José Carlos De Gonzalez em 15/03/2009
Reeditado em 18/04/2009
Código do texto: T1487758
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