Soneto desmascarado

Queres que eu abra o céu?

Se isso fizer, rompo o véu

E não mais provará do mel

Mas sim, da amargura do fel

Não peça para eu tirar todas as máscaras do mundo

Porque dentre elas está a que me fez cativar-te

E de repente você acordará de um sono profundo

E negará tua face, repudiando tudo que trás arte

O belo está no olhar mais do que na forma

Rastreia no coração toda fonte de ilusão!

E dentre as coisas que vos torna:

Encontrarás um conluio

Entre teu sonho e tua razão

Poupando do mundo essa imersão

Eder Carneiro Cardoso e Silva
Enviado por Eder Carneiro Cardoso e Silva em 04/05/2006
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