Alternando

Nem átono nem tono

era o ding dong do sino que anunciava a presença da magestade

noite!

Onde o poeta em sua tuberculose,

em passos curtos e melancólicos

sob o clarão da lua se dirigia

ao seu magestoso e insólito "bolicho"

no recinto enfumaçado, eis o drama do poeta:

lamúrias, sonhos, alegrias e compaixões formavam a platéia.

Na fronduosa placa o aviso:

-Srs .Poetas e decendentes loucos e de tudo um pouco , ao entrarem neste recinto deixem na chapelaria o guarda-chuva e na bengaleira o guarda-sol.

A saudade, deve ser colocada no baú atras da porta que estará aberta para receber os sinônimos e antônimos.

Feche-o com a chave da esperança,

e jogue-a por cima das estrelas,

não a procure mais.

Para poeta não existe noite que acabe.

Vai amanhecer!

O poeta no bolicho sentou,

e na magia da noite viajou. Sírio

SIRIO
Enviado por SIRIO em 04/05/2006
Código do texto: T150378