Por entre sutilezas

No sono dos que sonham e nos olhos abertos que se despertam,

rimados ou não... mas dão como certa

a hora sútil de vista nublada, de ação incompleta.

Se no nada existe o supremo pó do lamento,

é na crueldade do preto que tudo se recorda.

Na ausência do que se dizer, cala-se, no abismo do que se fazer, chora-se.

Surge o momento em que cessa o embate;

iguais no silêncio oculto da vida.

mulheres e homens lacrimejam o contraste,

acolhem a dor do mal da partida.

O dia trancorre, desenha o artista.

Sinais e faróis em todo o asfalto.

Pobreza dos ricos caminham no alto.

Riqueza dos pobres atravessam a pista.

Poema publicado também no blog VERDADE em ATITUDE. www.VERDADEmATITUDE.blogspot.com. Visite!