Miragens de areia

As sombras vulcânicas de meu triste coração

Afogam em areias negras minha esperança.

Ando a meditar estando tímida criança

Que aflora nos luminosos jardins de uma ilusão.

Fujo da morte que acontece em escuridão,

Quieto repouso num ninho feroz de temperança

Quando o silencio se adorna na distancia

E recebe chuvas áridas, que apagam o verão.

Onde semeio o fogo que gesta o mundo

Congelados sentimentos num mar profundo

Aguardando serem pelo amor descobertos.

O vinho crepuscular sorvo em densos lábios

Busco o sol ébrio que abraça o cérebro dos sábios

Quando as areias do tempo respiram no deserto!

Luis Felipe Saratt
Enviado por Luis Felipe Saratt em 03/04/2009
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