Miragens de areia
As sombras vulcânicas de meu triste coração
Afogam em areias negras minha esperança.
Ando a meditar estando tímida criança
Que aflora nos luminosos jardins de uma ilusão.
Fujo da morte que acontece em escuridão,
Quieto repouso num ninho feroz de temperança
Quando o silencio se adorna na distancia
E recebe chuvas áridas, que apagam o verão.
Onde semeio o fogo que gesta o mundo
Congelados sentimentos num mar profundo
Aguardando serem pelo amor descobertos.
O vinho crepuscular sorvo em densos lábios
Busco o sol ébrio que abraça o cérebro dos sábios
Quando as areias do tempo respiram no deserto!