Do que restou

Meu amor por ti enterrei
em terra úmida e profunda o depositei
Sentimento fossilizado
em lugar soturno guardado

Cogumelos venenosos em toda a sua robustez
serpentearam o muro da nossa sensatez
Vivemos o luto da morte em cristais
anelando pela liberdade esculpida em espirais

Nosso encontro foi simbiótico, paixão sem medida
que o tempo transformou em sentimento avinagrado
ácaros na pele das palavras, cera no brilho da vida

Restam agora apenas lembranças sofridas
que insistem em caminhar ao meu lado
que ainda retumbam clementes em minhas vigas



 
poesia com registro de autoria

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Úrsula Avner
Enviado por Úrsula Avner em 15/04/2009
Reeditado em 16/04/2009
Código do texto: T1541418
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