NA NOITE

Na noite que me tens,

Sou um sopro morno,

Que provém da brisa,

Preenche teu contorno.

Na noite que me vês,

Sou a confusão clara,

Ajeitando-se plenamente,

Na quietude que restaura.

Na noite que me segues,

Sou o andarilho faminto,

No desejo todo extinto.

Na noite que me tocas,

Sou a ânsia que precede,

O alimento que a fome cede.

2.009