O SEMEADOR DE ESTRELAS


Faça-se a luz! O sonho palpitante
do poeta, de estrelas ter à mão
para espargi-las pela noite avante,
brilhar da sombra a própria escuridão.

Usar dos astros para o seu instante
de ser dos céus fautor da imensidão,
semear ilusões ao seu talante,
ter o poder de sóis na solidão.

Poeta, por teus sonhos pervagantes,
colhe corpos celestes multicores,
de brilhos vários, jamais vistos antes.

Galáxias nascerão por onde fores
espalhando sementes cintilantes,
brotando versos, florescendo amores!

Odir, de passagem