ANGÚSTIAS INDEFINIDAS

Angústias indefinidas

Que não sei de onde me vêm...

De remotos querer bem?

De finadas avenidas?

São lembranças tão doídas,

Torturadas como quem

Vem de nada, de ninguém,

De finadas avenidas...

Quanto terá de demente

O que ficou para traz

E volta pungentemente?

Não sei, não serei capaz,

De distinguir no presente

O vai e vem, jaz não jaz...

19-04-09