Soneto ao Mundo

Não há motivos para festa, ora esta, eu não sei rir à toa! - Belchior

Oh! Esta Terra tão enfadonha

Torna-me a vida mera balela

Sinto asco desta gente risonha

Que devia fenecer junto dela

Envolta em genéricas desgraças

Geradas pelas corjas dementes

Ainda assim eles rogam por graças

E logo então arregalam os dentes

Que a morte me arranque da vida

Livrando-me assim os tímpanos

Dessa gente podre e decaída

Não sei rir nessas orgias fluentes

Tampouco nas alegrias humanas

Pois só os vermes verão meus dentes

Alexandre Grasselli – Maio de 2009

Alexandre Grasselli
Enviado por Alexandre Grasselli em 23/04/2009
Reeditado em 16/05/2022
Código do texto: T1554423
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