Despedida

Vou embora, soa o clarim da despedida.

Bem sei, tu te recordarás sempre desta alma

feita de amor e que era a palma,

por tua sorte na luta cruel desta vida.

E no transcurso deste tempo ingrato,

toda saudade existente será vencida.

Minh’alma será, tão bem lembrada e vivida

nos versos que te fiz, por amor insensato.

Soou de novo o clarim, vou embora.

Lágrimas, para que? Um homem não chora.

Parto como cheguei, perambulando a esmo.

Ah, só Deus sabe o quanto te deixo de dor.

Só Deus sabe o quanto levo deste amor

na bagagem, frustrado, levando-te a mim mesmo.