TRISTE DRAMA

A minha alma sente a tua falta

E o corpo, sem o teu, sempre reclama

A dolorida ausência, enquanto clama

Teu nome, quando a lua já vai alta,

Pois tal é o sofrimento de quem ama

Se se interpõe o tempo, esse peralta,

Entre o desejo e o encontro, como pauta

Que definisse, em certo palco, a trama

Escrita pelo fado (triste drama),

Onde os atores, pobres personagens,

Apenas representem seu papel

E não lhes caibam planos, nem laurel -

Os sonhos, transformados em miragens,

Não lhes concedem bem estar, ou fama.

Obrigado, Maria Cecília, pela maravihosa interação.

E vãs, as ilusões vão se criando

Levando muitas vezes a tortura

De sonhar co’a realidade desejada

Que passa da esperança pra loucura.

(Maria Cecilia Heguidorne)

Agradeço a interação da poetisa Karinna.

Consonância.

Todos meus caminhos te buscam

Todos meus sentidos te aguardam, em excitação

Quando é teu o meu pensamento, a minha razão.

A derme aveludada sofre

A boca desejosa chora tua ausência

O corpo conclama a tua bravia presença.

Resgato-te nos vestígios dos nossos sonhos amantes

Delirantes espectros desse amor em consoante

No entrelace dos mútuos desejos perseguidos

Na clareza da veracidade desse Amor, por nós sentido...

A lágrima incontida desliza na saudade peralta

Escorre morna na carência, na tua falta...

Nas trilhas doridas desse querer tão ansiado

Encontro-te em mim, no coração tatuado.

E no drama pungente de não te ter sempre ao meu lado

Decanto em versos minha dor, meu desamparo.

Consumada pelo silêncio da imposta distância

Meu coração fortalece-se nesse nosso Amor em consonância.

(Karinna)

Mario Roberto Guimarães
Enviado por Mario Roberto Guimarães em 27/04/2009
Reeditado em 27/04/2009
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