Soneto 18

TERRA À VISTA!

 
E o homem da luneta avista, do mastro,
O tremeluzir, como velas ao vento,
Das luzes costeiras, e olhando os astros,
Vê ao leste aparecer, do dia, seu rebento:
 
A estrela Dalva, traz o sol em seu rastro,
Rápida, leve, qual chama ascendente,
Estende o tapete diário (mas não gasto),
Para a majestade Sol, vinda do oriente.
 
“-Terra à vista” – como por tantos séculos
Dita, a frase se solta, alertando a todos,
O momento da aurora, rósea e sem mácula,
 
Fazem-se aos raios solares seres e modos,
Tal bússola que reside na bitácula,(*)
Que será, logo em breve, a única a bordo...




(*) caixa com cúpula de vidro que protege a bússola, na cabine de comando do navio.

 
 
José Carlos De Gonzalez
Enviado por José Carlos De Gonzalez em 01/05/2009
Reeditado em 01/05/2009
Código do texto: T1569482
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