Nulidade

Trouxe pontos, conforme outra rima,

e uma prima, sem graça e sem sonho.

Não me oponho a quem passa por cima

ou que estima quem dorme tristonho.

Enfadonho, é morrer na outra praça,

já que a taça é um pedaço uniforme,

tão enorme, ao que faço em pirraça,

pois se laça, ao beber, cuneiforme.

Só me informe se um dia, um abraço,

que ora casso em procura, um dever,

já não ser o que cura e eu palhaço,

pois não traço a poesia em meu ser.

Deixe haver, tal sinal, por lisura,

depois jura um igual, se anuncia...

Amargo
Enviado por Amargo em 05/05/2009
Código do texto: T1578148
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