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Sempre me queixo de saudades de outrora

Dos tempos em que eu vivia contigo

Pois sei que não passo de um retrato antigo

E não vivo o presente sequer uma hora.

Vivo dizendo que quero ir embora

Penso e re-penso num lugar, um abrigo

Mas todo esse mundo é um inimigo

Que sempre me ataca com a saudade de outrora.

Viver tantos anos com sorte tão pouca

Viver tudo isso e guardar um só dia

Eu penso: Pra quê? E a vida vem louca.

Então faço dela a fumaça do ópio

E sigo fumando em demasia

Sempre esquecendo ela dentro da boca.

Guilherme Bastos L
Enviado por Guilherme Bastos L em 09/05/2009
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