Vencido pela saudade...

Sou a sombra do homem vencido pela saudade

Ainda que menino, moleque a fazer travessuras no amor

Anjo avesso descendo a ladeira com sorriso no rosto

Em um doce bailar malandreado pelo mar

Não, não tentes entender quem sou, pra onde vou

Sou o mundo decorrido em sonhos perdidos

Em versos soltos, amparado pelo vento ao norte.

Descrito nas ruas amigo, amante apaixonado pela chuva.

Sou o batuque solto no além mar negreiro, trazido em navios.

Vibrante guerreiro no campo solto da capoeira livre pra amar

Assim como o vento e o mar, me entregando a vida sem pensar.

E ainda assim me pegastes no colo, me fizestes homem amado

Cravasse em meu peito a dor da saudade de um amor vivido

Me trazendo de volta aos teus braços, como sol ao amanhecer...