CIDADE
A cidade palpita asas
sobre o organismo que pulsa,
a desumanidade escorre
seu suor pelo piso.
A busca esvazia casas
com ímpeto e repulsa,
a humanidade recorre
ao seu traçado impreciso.
A cidade devora datas,
os relógios têm fome,
a pressa, hora marcada.
As notícias dão tapas
em nossos nomes,
o organismo pulsa. Mais nada.