CIDADE

A cidade palpita asas

sobre o organismo que pulsa,

a desumanidade escorre

seu suor pelo piso.

A busca esvazia casas

com ímpeto e repulsa,

a humanidade recorre

ao seu traçado impreciso.

A cidade devora datas,

os relógios têm fome,

a pressa, hora marcada.

As notícias dão tapas

em nossos nomes,

o organismo pulsa. Mais nada.

Delmo Biuford
Enviado por Delmo Biuford em 13/05/2009
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